Emoções – O que são, para que servem e como regulá-las?
Em primeiro lugar, é importante saber que as emoções são respostas automáticas e rápidas do nosso organismo a algo que é significativo para nós. Assim sendo, para que servem? Conheça aqui o que as emoções fazem por si e saiba como as regular com inteligência emocional!
Para que servem as emoções?
- Ajudam-nos a adaptar às mudanças que ocorrem
- Orientam o nosso comportamento, levando-nos à aproximação (quando a situação é tida como agradável) ou evitamento (quando é interpretada como desagradável)
- Levam-nos a adotar comportamentos de proteção em caso de perigo
- Permitiram a sobrevivência da nossa espécie ao longo do tempo.
Emoções secundárias e primárias
A saber, as emoções podem ser classificadas como secundárias/sociais ou primárias/básicas.
Segundo António Damásio, as emoções secundárias são aprendidas através da experiência de vida. Portanto, este tipo de emoções requer o contacto com o meio envolvente para serem ativadas. Assim, nesta classificação incluem-se emoções como a simpatia, compaixão, orgulho e ciúme.
Por outro lado, as primárias/básicas, nascem connosco, não requerem aprendizagem e têm como função principal assegurar a nossa sobrevivência e bem-estar.
Assim sendo, estas têm algumas características específicas:
- início súbito
- curta duração
- expressão facial universal
- resposta fisiológica é previsível
Mas, afinal qual é a sua função?
Inicialmente, há que referir que cada emoção predispõe-nos a pensar e agir de um modo específico, uma vez que cada emoção está associada a uma função particular.
De seguida, vamos apresentar-lhe as funções das seis emoções básicas e as causas mais comuns para a sua ocorrência.
- Medo: função de proteção – Surge perante a perceção de uma ameaça ou perigo (real ou imaginário) – em suma, é um alerta para termos cuidado!
- Alegria: função de reprodução/repetição – Surge no decurso de uma conquista ou êxito; algo que valorizamos – nesse sentido, esta emoção informa-nos que podemos avançar, podemos aproximar-nos e explorar.
- Raiva: função de destruição – Ocorre quando consideramos que os nossos direitos individuais foram violados/prejudicados; que fomos alvo de uma injustiça, ofensa, desrespeito – logo, é um aviso para reagirmos, enfrentarmos e lutarmos pelos nossos direitos.
- Tristeza: função de reintegração – Surge perante a perda de algo ou alguém significativo – em suma, alerta-nos para a necessidade de parar, abrandar, refletir e integrar a perda.
- Nojo: função de rejeição – Pretende afastar-nos de algo/alguém que possa ser prejudicial/tóxico para o nosso bem-estar – portanto, avisa-nos para nos afastarmos.
- Surpresa: função de orientação – Surge perante a presença de algo súbito, inesperado e desconhecido (positivo ou negativo) – logo, alerta-nos para prestarmos atenção, para nos reorientarmos e adaptarmos à nova situação.
Inteligência emocional
Não se pretende eliminar emoções
Em suma, atendendo a que todas as emoções desempenham um papel importante nas nossas vidas, mesmo as que geralmente são sentidas como desagradáveis, não devemos procurar eliminá-las. Então, devemos aprender a regulá-las, de modo a que sejamos nós a controlar as emoções e não o contrário.
Regulação emocional – a importância da inteligência emocional
A regulação emocional implica que sejamos capazes de tomar consciência das nossas emoções, dar-lhe um significado e integrá-las nas nossas experiências. Logo, ao desenvolvermos habilidades de inteligência emocional seremos capazes de identificar, utilizar, compreender e regular as emoções em nós mesmos e nos outros.
Então, comece por estar atento/a e disponível para as suas emoções e das outras pessoas. Ainda que, por vezes, possam-lhe parecer desagradáveis, as emoções não são suas inimigas! Por isso, não as desvalorize ou evite. Aproveite as informações que lhe dão e utilize-as a seu favor.